Carla Peterson em Diario Crítica: " É ótimo não ver televisão"

Lalola foi o hit de 2008 e Los Exitosos Pells que protagoniza junto com Mike Amigorena, é o mais visto do verão. Diz que o que mais afetou a sua vida foi a separação dos seus pais aos 12 anos e a morte do seu grande maestro da atuação. O casal, o trabalho e a falam. Reportagem de uma das atrizes do momento.



Quando ocorre a primeira desligamento, a experiência da dor?

Aos 12 anos quando minha mãe e meu pai se separaram não estava preparada para essa mudança e eles não tinham nos dado nenhuma pista sobre isso que estava lhes passando. Foi uma surpresa pouco esperada, um choque que nunca pude compreender. No colegial veio alguma companheiras que eram filhas de pais separados e eu ficava muito feliz que de meus pais foram tão unidos, que se gostavam tanto. Me sentia orgulhosa deles. Para mim a separação deles me deu inseguridade. E contestei muito a minha mãe. Como mãe e também como companheira de meu pai. Fui uma filha muito questionadora. Pensado hoje não entendo como pessoas como eles tão diferentes, decidiram ficar juntos. O que foi que os levou a ficar juntos e permanecer juntos? Agora que se separam são amigos. Lembro-me que me divertia muito com o meu pai, jogando com ele. Era piloto de avião assim que passava esperando voltar de suas viagens.



E posteriormente não sofreu traumas ou grandes decepções?
Desconheço a angustia, conheço a tristeza. Essas tristezas que permanecem no fundo e que com o tempo vai compreendendo que é o que expressam, o que é que te passa. Acredito que a tristeza te ensina. Não sofri até agora grandes transtornos traumáticos. As perdias que pude sofrer foram pacíficas, naturais como a morte de meu avô. Mas não sofri tragédias.



Mas deve ter lhe afetado bastante o problema legal que se submeteu o seu pai como o instrutor do vôo, quando foi mencionou como um dos responsáveis do acidente do avião de Lapa em 1999.

Quando apareceu a noticia nos jornais me assustei porque os títulos dos jornais são feitos para assustar. Não tem a ver com a verdade. Me assustei com essa frase: “pedido 20 anos de prisão”. Mas na realidade, conhecendo a profissão do meu pai, eu estava preparada. Ele nunca esteve preocupado com ele mesmo, se preocupava mais com os escândalos da mídia e como poderia afetar a minha carreira como atriz. Para ele esse é o juízo que é algo que faz parte do trabalho. Meu pai desempenha uma função pública e é lógico que tenha que fazer sua profissão. Estive em Malvinas e já estava acostumado com os acontecimentos. Por sorte é uma pessoa muito instruída, com muita preparação e está interessado no que este juízo pode contribuir para a segurança da aviação. O juízo não terminou e ele esteve esperando muitos anos para que chegasse esse momento. No fundo não foi uma dor para mim.



Não lhe obceca o passagem do tempo, a certeza inegável que o tempo nos acurrala para as portas da extinção…?

Conheço esse meio e obviamente trato de evitá-lo. Acredito que durante 3 ou 4 anos depois de uma viagem que fiz tomei consciência de como a vida é curta, o quão curto são todos os momentos, e que cada feito que acontece pela primeira vez também acontece uma última vez e essa sensação é muito angustiante. Acredito que a morte de um produz medo mas as mortes que nos fazem sofrer são as dos demais.




Como julga Os Pells? Eu não vi porque não televisão...

É ótimo não ter televisão, eu tive época que não assistia nunca à televisão e me fazia muito bem.



O que eu te pergunto é sé possível fazer uma novela boa...
Não é uma novela, é uma comédia romântica. Não há uma heroína romântica. Não é uma tragédia. São feitos mais parecidos com a realidade. O que eu mais gosto da televisão é que me permite atuar todos os dias e me encanta estar todos os dias à borda da atuação; não é narcisismos, é prazer de trabalhar, adoro estar com gente e em Los Pells estou muito bem rodeada.









Fonte: Foro Telenovelas Argentinas [TA]

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