Revista Watt - O camarín da musa

Durante uns dez anos esteve nas ficções mais recordadas da tv, mas seu nome realmente começou à fazer barulho em 2003 graças a sua personagem em "Son amores". No ano seguinte, chegou sua primeira protagonista com "Lalola". Martín Fierro de Oro e Melhor Atriz Protagonista de Comédia. Hoje, em "Los Existosos Pells", Carla Peterson segue consolidando-se como uma das melhores atrizes argentinas e demonstra que com trânsito lento pode ser que tudo seja mais sacrificado, mas sai melhor.



Como definir está estapa da sua carreira? A pergunta mescla para abrir o jogo. A resposta poderia ser mais ou menos interessante, mas era quase óbvia. Quem diria agora Carla Peterson, que começou aos poucos ser reconhecida pelo público em 2003 grças a Brigitte sua personagem em "Son amores"? Que finalmente chegou a sua primeira protagonista em 2007 com "Lalola" (Martín Fierro de Oro e de Melhor Atriz Protagonista de Comédia) e que desde o ano passado está protagozinando em "Los Existosos Pells" junto a Mike Amigorena. Quem poderia responder que aos seus 35 anos Carla Peterson, que participou de "Montaña Rusa", mas entre os nomes que frequentemente associar ao seu elenco figuram os de Nancy Dupláa, Gastón Pauls, Esteban Prol, Bettina O’Connel, Malena Solda e Sebastián de Caro? Que também esteve em "Naranja y media", mas quando o menciona fala-se de Guillermo Francella e de Millie Stegmann. Ou em “Verano del 98”, onde sempre recordar-se a Fernán Mirás, Agustina Cherri, Marcela Kloosterboer, Diego Ramos, Dolores Fonzi e Nahuel Mutti.



Contudo, Carla Peterson prefere evitar a obviedade, essa armadilha para os atores, e fiél ao seu estilo, essa pergunta a faz pensar: Como defino esta estapa da minha carreira? Se você acha... Como se estivesse correndo! (ri. Não gosto quando dizem "minha carreira". Carla começou muito cedo, agora que está maquiando em seu camarín demora um pouco responder as questões. Depois tem que gravar uma cenas, então oferece para continuar mais tarde. Quando volta do estúdio, cumpre sua promessa, enquanto as horas passam, ela tem que colocar suas roupa de novo e voltar para a vida privada. Talvez, sua profissão seja simplesmememte transtar, mas seus dias de atriz do momento se parecem uma correria. E percebe-se que está encantada.



Mas se usa o termo "carreira", o que tem de implicito uma saída e uma chegada. Por que não gosta?

Sim, acredito que isso de chegada... Sim, você vê a chegada duas vezes e está perdido! Para mim isso é interminável, como se estivesse correndo em uma esteira, e o que sinto é que tenho ar. O que acontece é que na esteira não tem paisagem. Em vez de, nesse momento, minha paisagem é agradável, é um momento de muito brilho, de alegria. Sinto-me radiante.

Já sente-se realizada ou simplesmente satisfeita?

Estou muito satisfeita e muito conformada. Se agora mudar essa situação, já vivi algo que não é todo mundo que consegue, inclusive gente que se esforça muito e que tem um grande talento. Eu pude experimentar de uma meneira agrádavel o fato de ser protagonista e ganhar coisas, desde prêmios até lugares e reconhecimento. Tudo se deu de uma maneira que não foi abrupta. Me pergunto como será o momento de correr desse lugar.



E como imagina?

Nõ sei, só me pergunto, mas penso que são muitos os caminhos agrádaveis e que este me vai levar a outros. Está bom estar bem para que continue acontecendo coisas positivas.

O que acha que te falta?

Experimentar a atuação por muitos lados. Gosto dos atores mais experientes, acredito que sou uma atriz jovem e tenho muitas coisas para arrumar. Parece que seguir sendo uma atriz interessante depois dos 40, 45 anos é um grande desafio, e tenho dez anos para melhorar!



Estava entre seus sonhos isso que te passou nos últimos anos?

Sim, apesar de na verdade nunca imaginei que iam ser personagens tão bons. Sempre pensa que te vão chamar para uma novela, para fazer a garota apaixonada. Ao invés disso, em minhas duas experiências como protagonista, fiz personagens muito interessantes.

Senti que o reconhecimento do público está acompanhando com os teus colegas?

Sim, e isso também é o que faz tão bom e único para mim nesse momento. Porque acredito que sem o apoio dos meus colegas eu não poderia ter avançado tantos passos, ou não tinha disfrutado tanto. Isso sempre foi algo que realmente me deu tranquilidade e alegria. E sempre acontece, não por me felicitarem, mas porque me acompanham.



Imaginava que "Lalola" e "Los Pell$" iam ter o êxito que alcançaram?

Não.

Pode palpitar esse desenlace antes?

Com "Lalola" achava estranho pensar em êxito, ainda que os produtores me diziam, a idéia era mavilhosa. Eu acredito que tem haver com algo comercial, muito estudado. Era uma idéia pensada por Serbastián (ortega) que armaram para que trinfe, e assim foi. Mas eu sentia um grande medo, tinha que ocupar um rol importante com uma personagem praticamente de fantasia. Então, era muuito o que tinha que romper, que transitar, e não podia começar a fazer minha primeira protagonista dizendo: "Bom, vou fazer sucesso". Não. Se cai nisso, pensa em coisas bem sucedidas, porque aqui o sucesso tem a ver com o comercial, não com o artístico.

E no personal, que representa o sucesso?

Para mim é isso que estou disfrutando. Quando me contaram a idéia de "Los Pell$", eu já tinha tido essa primeira experiência como protagonista, sabia que ia ser um sucesso: era algo grande, bom, tinha tudo. A palavra êxito é linda porque soa bem! (ri). Mas o êxito também é chegar aos finais com alegria, com tranquilidade de tê-lo feito bem e de ter disfrutado. Eu adoro vir fazer esse programa. E já estou vivendo nossa despedida, falta pouco e me dá vontade de beijar a todos, de começar a dizer: como vou sentir sua falta!".



Recém contava que sabia que "Los Pell$" iam ser um êxito. Isso gera uma pressão extra?

Não, é traquilo, porque se sabe que está tudo bem pára aí.

É que se depois fracasa, poderoa pensar: Que fizemos de errado, que ia ser um êxito e não foi?

Mas acreditar que por minha atuação deixou de ser um âxito... Quem é você? Talvez poderia acontecer, mas teria que ser, não sei, um tiro de alcatrão, veneno! O fracasso não depende só de uma má atuação. Pode ser que o protagonista não colabore, mas nada mais. O êxito e o fracasso tem uma fórmula, que necessita vários componentes.

Como é corrido gravar uma novela todos os dias, pode estar inspirando-se todo o tempo?

Para mim isso é um grande desafio, e é impossível.

Como faz?

Alcança um bom dia de trabalho para todos, porque o trabalho passa por uma relação. As vezes você vai feliz com só uma coisa que está lindo esse dia e não esperava. Para o resultado final, depois nos apoiamos em muitas coisas: na edição, na trilha sonora, em uma quantidade de coisas que fazem que um pareça mais inspirado do que reamente está. Nesse programa há todo um elenco para apaiar-se, e tem uma novela isso te dá respiro.



Fonte: Foro Telenovelas Argentinas [TA]

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