[FOTOS | ENTREVISTA] Carla Peterson para The Net Boutique


Ela é mais que uma atriz reconhecida, 
sua versatilidade se mostra em seu estilo.
The Net Boutique conhece não só a personagem senão 
a cada um de dos papéis que formam a grande mulher.


Carla Peterson sempre soube que queria ser atriz, desde que era uma menina, ainda sem saber o que significava ser uma. Também fantasiava vestir-se com os vestidos como os da Ginger Rogers e dançar com um Fred Astaire. Trabalha desde os 15 anos, quando começou a dar aulas de dança enquanto continuava a se formar como bailarina. Hoje vive em Washington com o seu filho e seu marido. Sua voz parece que sempre está a ponto de soltar uma risada. "Esta é uma auto pergunta diz Carla de agora em diante, o que levar na mala? The Net Boutique, responde a si.

Da sua infância lembra das férias em Salta, na casa de seus avós, com seus irmãos, o show dos "Los Abuelos de la Nada" e da vez que seu pai a levou ao teatro para ver a obra "Annie". Da adolescência as saídas com as amigas, as eternas férias na praia e o primeiro show da rainha do pop, Madonna. Apesar de que, desde que começou seu caminho pela atuação, parece que não parou, mas teve interrupções: "Nem sempre tive trabalho, agora também tenho pausas em meu trabalho, ou tiro pausas", conta Carla.

"A seguridade que sinto é de saber fazer meu trabalho", confessa quem fez parte de uma companhia de teatro durante 10 anos. Foi nesse mesmo espaço, depois de muitos anos de trabalho em uma estreia, onde se deu conta que sabia perfeitamente o que tinha que fazer, que tinha entendido os processos de ensaio, os criativos, que estava


tudo feito, que "só necessitava subir no palco e atuar".
Do diretor de teatro dessa companhia herdou uma superstição, um ritual para antes de cada estreia, que consiste em comer uma maça. "Muitos dos que começaram comigo nesse momento também continuaram esse costume. Cada vez que estreio algo, ainda mais no teatro, mordo uma maça", lembra Carla.

De um novo projeto a seduz a personagem, a equipe de trabalho, o autor, o diretor, e "sempre tem que ter algo que me seduza, isso me dá muita vontade de ir todos os dias, de superar os obstáculos", e diz mais "quando se termina um trabalho geralmente sinto falta das personagens que me rodearam e as equipes que se formaram porque são coisas que não voltam a se repetir". Guapas foi um programa que gostei muito, "com uma personagem única em um mundo único". É que Carla se diverte muito com as pessoas com as que trabalha e o que mais sente falta quando termina um projeto são os companheiros de trabalho, os atores, mais que suas próprias personagens.

"Não dou risada todo o tempo mas sempre, cada dia, necessito algo que divertido aconteça", disse enquanto ri, é que o humor ocupa um espaço grande em sua vida, "trato de olhar as coisas com humor", afirma.

Diz ter aceitado a exposição "moderna", que diferencia da exposição de antes, a de anos atrás. "Hoje  qualquer um pode sofrer com a exposição, é muito difícil não estar exposto", explica e diz "a fama é outra coisa, ás vezes está e às vezes não, o reconhecimento também é outra coisa, é lindo quando alguém que você conhece te dá um lugar, dá risada, te reconhece, e sim há um carinho nesse reconhecimento é muito mais prazeroso, mas são 


momentos, como o vento, passa". 

Em seu tempo livre gosta de fazer qualquer coisa, enfatiza. Desde viajar, encontrar com amigas, escutar música, dançar, fazer arte, até as coisas de casa como arrumar ou mudar os móveis de lugar. Mesmo que não tenha muito tempo livre, tenta ter um espaço para o esporte, que "para mim é quase uma obrigação, algo há que ser feito sim ou sim". 

Um dos seus momentos favoritos é quando termina de correr, momento que pára para pensar: "não posso acreditar no que fiz, que bom, já está bom". O outro momento é ir dormir, "que lindo que é quando coloco pijama e me


enfio na cama, é um grande momento", destaca Carla.

Sobre sua mudança para Washington conta que: "foi a única vez que tive que  tomar uma decisão tão diferente, que é de viver em outro país por bastante tempo, mas estou aproveitando para fazer coisas que nunca pude fazer por estar trabalhando, que é estudar, estar mais com o meu filho, acima de tudo com tempo, já que é muito pequeno e vai ao jardim". Mas não é sua primeira vez nesse estado, quando tinha 22 anos viveu alguns meses ai, e daquela experiência guarda lindas lembranças: "Havia uma livraria onde vendiam todas as obras de teatro de Samuel French em inglês, ficava no primeiro andar, olhava todos os dias para ver que obra podia fazer em Argentina", lembra e lamenta "já não 



existem mais essas livrarias, hoje se compra tudo por Amazon ou não sei por onde e mandam os livros por internet, ibooks ou essas coisas".

No seu novo papel como esposa do Embaixador Argentino nos Estados Unidos, diz que têm coisas divertidas e outras não tão divertidas.

Como o código para se vestir que é exigente "isso não significa que tenha que estar top top, com o último da moda", conta Carla, e explica, "se tem que estar elegante, não se usa decotes nem roupas curtas." Por outro lado, Washington é uma cidade formal "e não posso estar todo o dia de jeans, tenho que estar mais chic - ri - não tão relaxada como em Buenos Aires, agora levo mais tempo para decidir o que vou vestir", conta.


O passo para a vida familiar viveu com muita alegria, com muita tranquilidade. 
Carla Peterson deseja muito formar uma família, "as coisas de todos os dias me fazem perceber que somos uma família", diz "já não procuro o que quero ser, que é o que me diverte e sim o que diverte o meu filho, isso é o que procuramos, é o que me dá mais prazer. Confessa que tem vontade de ser mãe novamente, "seria mãe mil vezes". Não se imaginava como está hoje, fazendo coisas que nunca pensou, "como o melhor projeto do mundo, o melhor projeto artístico", assegura.

Por não ter o hábito da leitura, se obriga a ler: "Eu gosto das novelas histórias, dos contos, do teatro clássico, ler é algo que necessito fazer". Ainda não se animou a escrever, "somente cartas, coisas engraçadas", diz. "Mas algum dia eu gostaria escrever profissionalmente, ainda não sei se vou chegar a fazer".

O luxuoso não é importante para a Carla, "nunca me chamaram a atenção", ela gosta das coisas clássicas, das que duram, das que não passam de moda, mas não o luxo. Ela não se assume como uma viciada em roupa, percebeu que tem muito do mesmo: "Fiquei com fama - ri - gosto muito das coisas para cabelo, para pentear, para cuidar. Também tenho muitos sapatos, muitos". "Eu adoro roupa, sim, eu adoro roupa".

O espelho lhe devolve uma imagem, uma que ela gosta: "Não sei o que imaginava, mas eu gosto da imagem que o espelho me devolve, especialmente nesse momento."





Comentarios

Cida dijo…
Amei!!!

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